COMO MANDA A TRADIÇÃO (CONTINUAÇÃO)

Quais as diferenças no cortejo das diversas religiões?
As cerimônias católicas e evangélicas são as mais comuns. Mas há também as ciganas, gregas, ortodoxas e judaicas. No casamento judaico, por exemplo, há uma grande quantidade de rituais. A cerimônia é realizada numa espécie de tenda chamada “chupá” , que remonta os tempos de Abraão. Ao chegar nesse local, a noiva dá três voltas, que significam as obrigações do noivo: alimento, vestuário e relações conjugais, ou sete voltas, que correspondem ao número dos dias da semana. O cortejo de saída vem com os noivos à frente, seguido pelos pais da noiva, do noivo, damas, pajens, padrinho, cantor, rabino. A congregação vem na seqüência.

Qual o número indicado de padrinhos?
O que vale na hora de escolher os padrinhos do casamento é o bom senso. Não há uma regra que indique o número máximo ou mínimo. É possível ter um ou vários casais, um número par ou ímpar de duplas, tudo isso fica a critério dos noivos. Também não há nenhum problema em ter um número distinto de padrinhos da noiva e do noivo.

Como deve ser a entrada dos padrinhos?
Os primeiros a entrar são os padrinhos da noiva. A ordem de entrada respeita dois critérios: o grau de parentesco – irmãos, avós, tios, primos e amigos – e a idade, sendo o primeiro critério o mais importante. Assim, caso os irmãos dos noivos sejam padrinhos, independente da idade que tenham, eles devem abrir o cortejo. Respeitando o grau de parentesco, deve-se ter o cuidado de ordenar os padrinhos dos mais velhos para os mais novos.

Qual a posição dos padrinhos no altar?
Depois que entram, os padrinhos da noiva se posicionam do lado esquerdo do altar, o lado da noiva. Já os padrinhos do noivo se posicionam do lado direito do altar. Eles ocupam os primeiros bancos da igreja e devem permanecer nesse local até o final da cerimônia. É preciso pensar os detalhes da logística porque alguns padres não permitem o acréscimo de cadeiras extras dentro do templo.

Quais as dicas para a escolha de daminhas e pajens?
As daminhas e pajens podem ser crianças da família dos noivos ou filhos de amigos muito próximos. O ideal nesse quesito é ter bom senso e prestar atenção na idade das crianças. Mesmo com ensaios, as bem pequenas, com dois anos, por exemplo, podem se assustar com pessoas estranhas, fotógrafos, flashes. Por outro lado, essas podem surpreender a todos, por conta de sua desenvoltura e graça.

O que deve ser feito para que a atuação das crianças corra bem?
Nos ensaios, sempre procure brincar e curtir com as crianças. Elas nunca viram a figura de um cerimonialista, e na maioria das vezes, nem sabem do que se trata. Procure, então, passar confiança e dizer que elas são os “soldados e princesas”, tornando-as importante para este momento na vida do casal.

Se os noivos não tiverem daminhas e pajens, quem leva as alianças do casal?
Quando não há criança para levar as alianças, sempre procure dar sugestões de pessoas que poderiam cumprir essa missão, como uma avó ou avó, ou ainda um irmão. Caso o casal não opte por nenhuma dessas opções, recorremos ao mais antigo e tradicional: o noivo apresenta as alianças aos celebrantes, já que cabe a ele a responsabilidade de pedir a noiva em casamento.